A REFORMA DA HUMANIDADE: OS DEFICIENTES E O SOFRIMENTO SILENCIOSO E INFINDÁVEL AINDA NESTA ÉPOCA TÃO MODERNA

DEFICIENTES:

Começo um novo tópico de discussões: A REFORMA DA HUMANIDADE.

Atualmente, devido à podridão de nossa sociedade moderna e tecnológica, ainda vemos os verdadeiros excluídos de sempre na sociedade: os sofredores!

Fala-se tanto em Reformas Políticas! São necessárias, para evitar a perpetuação da tirania no poder! O bem e o mal passam! Tudo deve passar! Também devemos repensar nossas atitudes com aqueles que se digam ter maior ou menor capacidade que nós.

O assunto de hoje são os “Deficientes”, também chamados em nossa época moderna de “Especiais”.

Vamos inicialmente à definição de Deficiente: Insuficiente, insatisfatório; medíocre, e quanto à aplicação psicológica, diz-se de uma pessoa que tem diminuídas as faculdades físicas ou intelectuais.

Estes sofredores, ninguém se lembrou deles ao longo da história! De tantos lugares, ao nosso lado, tão ignorados!

Sempre foi mais cômodo e melhor empurrar o problema para outros: “Eles serão melhor atendidos lá no outro local, na outra instituição, por outra pessoa mais especializada!

E, infelizmente, nem a pessoa especializada vai fazer o tanto necessário a estas criaturas.

O silêncio suportado por eles e pelos pais destes, ressoa, como se fosse vergonhoso ter um filho ou filha Especial. A cruz será pesada! As dificuldades aumentadas! É melhor ficar calado!

Pare! Você é especializado! Você pode atender e cuidar de alguém que tem suas capacidades diminuídas!

Não os humilhe na frente dos outros! E tão pouco na roda de amigos, ou na roda reservada e seleta de profissionais, onde atua! Ajude-os! Ajude seus pais!

Na prática, estes sofredores, não são bem acolhidos nem onde estavam inicialmente e nem lá, ou seja, no local onde seriam melhor tratados!

Sempre delegamos o auxílio e ajuda, ou a oportunidade de tornar a vida mais agradável destes que sofrem, atitudes estas, que não seriam demasiadamente exigentes e nem tão tecnológicas, na maioria das vezes.

Portadores do amor e da vida, os filhos deficientes sofrem um calvário nesta vida, nem a sociedade, nem a escola, que deveria ser um amparo a estes sofredores e aos pais destes, na prática, demonstram muitas vezes aversões veladas, quando não, descaradamente na cara dura.

E muitos destes Especiais, são desprezados até no ambiente familiar. Exceto, por aqueles  pais amorosos, que ajudam a levar suas cargas nesta vida!

Nossa sociedade atual repudia, discrimina, maltrata, e prefere matar estes seres humanos tão perfeitos e humanizados.

Leis são estudadas, criadas e implantadas, favorecendo matar o feto caso você descubra, que ele tem alguma deficiência (abortar).

Abortamos a vida em nossas ações faz um bom tempo! Preferimos dar volta ao sofrimento, tentando eliminá-lo e buscando a felicidade às custas da dor e do sangue de muitos inocentes.

O sofrimento faz parte de nossa vida, desde que somos gerados. Temos que aprender a conviver com ele, e sermos pessoas melhores, e não os sangues-frios e canibais que nos tornamos nesta época atual.

Matamos estas nobres criaturas, cada vez que negamos nossa verdadeira caridade, nosso simples auxílio, nossa humanidade.

Ainda, estas criaturas especiais estão nas esquinas, nas calçadas, trancadas nos quartos, em cadeiras de rodas, em macas, esquecidas da maioria das pessoas, da classe política (corrupta), e também da sociedade em geral (corrupta).

A mãe, aquela boa mãe, que ama seu filho acima de tudo (do luxo da vida moderna e suas leis) é o anjo que acompanha este filho no seu calvário silencioso e doloroso, até seus últimos dias!

E quando a mãe falecer antes de seu amado filho?

Vamos matá-lo para se livrar do problema! Vamos delegar a outro que pode cuidar melhor!

Vamos delegar que outros tenham atitudes de acolhida, amparo e auxílio?

De modo geral, sempre temos como solução a FUGA. E temos a audácia de nos chamarmos modernos, tecnológicos, refinados. E o pior: “somos pertencentes a era do conhecimento!” Que piada mais sem graça!

E, pergunto-lhes: Para quê? E para quem?

Com todo respeito, o conhecimento não está trazendo benefícios a estes sofredores. Os canudos recheados, mestrados, doutorados, pós-doutorados...

Não estamos sabendo usar adequadamente e com valor estes conhecimentos, que só estão servindo como diferenciação social, exploração comercial, péssimos serviços públicos e mais nada!

Que sociedade é esta que não pára para refletir suas ações insanas?

Onde vamos chegar?

O que podemos mudar em nós?

Tenho que rever meus conceitos de vida e humanidade?

Acho, que maioria destes sofredores já cansou de esperar por aquilo ou aqueles que não tem vontade nenhuma de vir!

Termino esta reflexão:

Ainda nos tempos em que Cristo andava nesta mesma terra em vida, estes “Deficientes” eram tão humilhados, tão mal tratados, tão desprovidos do básico: do direito à dignidade humana e do respeito!

Mas Ele se compadeceu destas Criaturas Especiais, e pediu que imitássemos a Ele nestas ações de atitudes, de auxílio e atendimento à minimização de seus sofrimentos.

Ver a passagem bíblica:

“Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”.

48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” 50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: “Que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” 52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.”

DIA 21 DE SETEMBRO: DIA NACIONAL DE LUTA DAS PESSOAS COMDEFICIÊNCIAS

O Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais.

Foi escolhido o dia 21 de setembro pela proximidade com a primavera e o dia da árvore numa representação do nascimento das reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições. A data foi oficializada através da Lei Federal nº 11.133, de 14 de julho de 2005.

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos desde então em todos os estados; serve de momento para refletir e buscar novos caminhos e como forma de divulgar as lutas por inclusão social.

No Brasil, segundo o IBGE, 14,5%  da população tem algum tipo de deficiência (algo em torno de 24,5 milhões de pessoas). Os direitos dos deficientes estão garantidos na Constituição Federal de 1988 e o Brasil tem uma das legislações mais avançadas sobre os direitos das pessoas com deficiência, das quais destacamos algumas:

• Lei Federal  nº 7.853, de 24/10/1989, dispõe sobre a responsabilidades do poder público nas áreas da educação, saúde, formação profissional, trabalho, recursos humanos, acessibilidade aos espaços públicos, criminalização do preconceito.
• Lei Federal  nº 8.213, 24/07/1991, dispõe que as empresas com 100 (cem) ou mais empregados devem empregar de 2% a 5% de pessoas com deficiência.
• Lei Federal  nº 10.098, de 20/12/2000, dispõe sobre acessibilidade nos edifícios públicos ou de uso coletivo, nos edifícios de uso privado, nos veículos de transporte coletivo, nos sistemas de comunicação e sinalização, e ajudas técnicas que contribuam para a autonomia das pessoas com deficiência.
• Lei Federal nº 10.436, 24/04/2002, dispõe sobre  o reconhecimento  da LIBRAS-Língua Brasileira de Sinais para os Surdos

Estes avanços foram frutos de muita luta e enfrentamentos e muita vontade de transformar. Muito há que se fazer, para que estas leis saiam do papel, trazendo igualdade para todos os cidadãos.